Acompanhada da estimulação, o amor é a principal receita para o sucesso do tratamento, o que também dependerá do diário e completo comprometimento dos pais. No entanto, muitos são os pais que não participam das sessões de estimulação, não procuram conhecer mais, não acompanham as conquistas dos filhos.
Ao contrário, consideram ser somente responsabilidade dos médicos. Infelizmente, quando perceberem a falta destes pequenos, mas importantes cuidados, será tarde para o tratamento, que precisa ser iniciado no primeiro mês de vida do bebê e seguido nos anos seguintes.
O desenvolvimento motor e cognitivo da criança com síndrome de down dependerá de alguns importantes pontos:
- sua genética (este não tem tratamento, é o seu organismo);
- a estimulação que receberá, dependendo da idade que iniciará, com a fisioterapia, a fonoaudiologia, a Terapia Ocupacional, a musicoterapia, a recreação e, com o passar dos anos, atividades esportivas como natação, equitação, balé, etc.
- tratamento médico preventivo: cardiologista, oftalmologista, otorrinolaringologista, geneticista, pediatra.
- o convívio social através de muito amor dos pais, familiares e amigos.
Sendo este último, de vital importância. É ele o ponto chave que transformará toda esta “luta”, em conquistas positivas, alegres. Com o amor, não vemos defeitos, não vemos doenças, atraso motor ou retardo mental. Ao contrário, vemos a força da alma que habita o corpo aparentemente frágil, que luta corajosamente pela vida.
Aprendemos a sentir o amor incondicional que vê a beleza, que sente o orgulho por ter um filho com síndrome de down.
Eu acredito nesse amor porque o conheci.
No dia 20 de fevereiro de 2006 nasceu minha primeira filha – Clarice – com síndrome de Down.